Disparadas no número de ocorrências, seca extrema e vegetações extensas destruídas. O panorama do número de incêndios em Minas Gerais nos períodos sem chuva é devastador e deixa autoridades e toda a sociedade em geral em estado de emergência. Agosto e setembro costumam ser os meses em que as demandas do Corpo de Bombeiros crescem fortemente por causa da expansão das queimadas, sejam elas clandestinas ou involuntárias.
Os focos registrados nos primeiros 24 dias de agosto tiveram um crescimento de 18% se comparados com todo o período de julho. Especialistas afirmam que o número de registros neste mês vai ultrapassar os 2 mil, o que levará à liderança nos últimos anos.
Com 58,9% de área atingida, o Cerrado foi o bioma mais afetado pelas queimadas neste mês. Em Minas, a área dessa vegetação é composta pelas regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste, que estão sob estado de alerta devido à escassez de chuvas. São mais de 130 dias sem precipitações. Em segundo lugar, vem a Mata Atlântica, que concentrou 40,9% das queimadas, e a Caatinga, com apenas 0,8% dos focos.