A queda do ritmo de contaminação pelo coronavírus e do número de mortes provocadas pela COVID-19 no Brasil alimenta o sonho da população com um fim de ano melhor, frente às restrições enfrentadas no ano passado. Por outro lado, provoca temor o avanço da cepa Delta do coronavírus. Com a experiência de ter atuado no combate à pandemia na gestão do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o epidemiologista Wanderson Oliveira alerta que o país precisa acelerar a vacinação como mecanismo eficaz de conter a variante.
“Teremos um bom (fim de ano), mas não o ideal. Ainda vai faltar muito e eu creio que a gente não consiga atingir as coberturas totais em 2021, como imaginávamos. O ritmo hoje, por semana, ainda não chega a 11 milhões de doses. Isso complica muito. Para que a gente pudesse ter um volume de pessoas vacinadas e atingir a cobertura, teríamos que ter tido uma média regular por 11 milhões de doses aplicadas”, afirmou Wanderson.
Wanderson Oliveira também defende uma dose de reforço para pessoas com 50 anos ou mais, mas não só da CoronaVac, diferentemente do que se tem discutido, mas de qualquer vacina, desde que seja garantida ao menos uma dose para adolescentes entre 12 e 17 anos. “Temos que vacinar todo mundo, desde adolescentes até os mais velhos”, explicou o epidemiologista. No Brasil, os registros envolvendo a Delta passam da marca de mil, mas, segundo Wanderson, seus padrões ainda são desconhecidos.
Informações Estado de Minas