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A previsão do mercado, há pouco mais de uma semana, era de que, em razão da pior seca dos últimos 91 anos, sobretudo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, e da necessidade de acionamento das usinas termelétricas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reajustasse em 20% o valor da bandeira vermelha 2, a mais alta a ser cobrada na luz dos brasileiros em períodos de baixa oferta. A decisão da agência governamental, contudo, foi muito pior do que a esperada: a correção da referida bandeira, anunciada nesta terça-feira (29), foi de 52%.

O impacto nos boletos, a serem cobrados com medições feitas em julho, será enorme, inclusive em Minas Gerais – onde as tarifas da Cemig, não as bandeiras, estão congeladas até maio de 2022. Conforme simulação feita pelo Hoje em Dia (que não incluiu impostos como ICMS e PIS/Cofins e a taxa de iluminação púbica), uma conta de 200 kwh, referente, por exemplo, a um apartamento com dois moradores, teria custado cerca de R$ 130, em maio, mês em que ainda vigorou a bandeira vermelha 1 (que representava R$ 4,16 a mais a cada 100 kwh consumidos, ou R$ 0,65 por kWh).

Em junho, a mesma conta, já com a aplicação da bandeira vermelha 2 (R$ 6,24 extras a cada 100 kWh, ou R$ 0,68 por kWh), teria subido para algo em torno de R$ 135. Com o novo valor de tal bandeira, para cada 100 kWh haveria cobrança de R$ 9,49 a mais e o total da conta tomada como exemplo poderia até passar de R$ 200.

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