AIDS: surgiu a partir de um vírus chamado SIV, encontrado no sistema imunológico dos chimpanzés e do macaco-verde africano. Apesar de não deixar esses animais doentes, o SIV é um vírus altamente mutante que teria dado origem ao HIV, o vírus da aids.
Em 1981, a aids é reconhecida como doença. Em 1983, pesquisadores isolam o vírus da aids pela primeira vez. Em 1985, DOIS ANOS depois, aparece o teste que identifica a presença de anticorpos no sangue. O nome HIV, porém, só surge em 1986. A primeira droga para ajudar no tratamento da doença, o AZT, só é criada em 1987. A doença tem tratamento que consegue controlar a multiplicação, mas não possui cura até hoje, ano de 2021.
COVID: surgiu a partir de um vírus chamado SARS-CoV-2, encontrado no sistema imunológico dos pangolins (animais mamíferos de regiões asiáticas). Apesar de não deixar esses animais doentes, o SARS-CoV-2 é um vírus altamente mutante que teria dado origem ao Coronavírus, o vírus da COVID-19.
Em dezembro de 2019, a COVID-19 é “batizada” e reconhecida como doença. Em janeiro de 2020 já se consegue a primeira sequência genética do Sars-CoV-2. Ainda em 2020: pesquisadores isolam o vírus da COVID pela primeira vez e aparecem testes que identificam a presença de anticorpos no sangue ou secreção respiratória. A primeira vacina surge em julho de 2020 (Sputnik da Rússia), seguida da AstraZeneca de Oxford, Pfizer da Sinovac Biotech, Johnson & Johnson da Janssen, CoronaVac da Sinovac Biotech (feita no Brasil pelo Butantan), Covaxin da Bharat Biotech, todas em 2020. A doença não possui cura ou tratamento até hoje, próximo a meados de 2021.
Apresentada a forma como surgiu e o desenvolvimento da história em torno de ambas, vale a pena refletir: as pessoas tinham medo de ser infectadas pela AIDS, mas elas não queriam deixar de ter uma vida normal sem prevenção e devidos cuidados, e acabavam adquirindo o vírus. Quando testavam positivo pro HIV, saíam disseminando o vírus propositalmente (por relação sexual, por compartilhamento de agulhas contaminadas, entre outros) e foi uma doença nova. Se parte da ação das pessoas diante de uma doença nova chamada COVID está se repetindo como no passado, sinceramente, vamos torcer para chegar na fase em que a AIDS deixou de ser um bicho-papão e as pessoas voltaram a ser mais humanas uns com os outros.
Ao mesmo tempo em que as pessoas receiam ser infectadas pelo corona, elas não querem deixar de ter uma vida social. O brasileiro é infantil em muitos aspectos da vida, especialmente quando acredita que não vai se infectar porque está só indo ali e fazendo só isso aqui, ou porque acha que é invulnerável… A transmissão de doenças graves já é crime no Brasil, e ao saber que você está contaminado vira intencional, o que agrava o caso. Existem muitas pessoas ruins, que lhes faltam consciência.
Ver Barrosenses saindo as ruas sabendo que estão com corona e ainda por cima sem máscara, deixa-nos pesarosos. O que se vê é um grande desrespeito aos doentes, aos que perderam entes queridos e aos mais de 400 mil mortos que a pandemia já gerou.
por Ana Roberta