Compartilhe:

Um levantamento realizado com base nos dados de telefones celulares revelou que o isolamento social nas cidades do interior mineiro é cada vez menor. E como reflexo, o ritmo de crescimento dos casos confirmados de coronavírus cresceu, aponta pesquisa do Observatório Social da Covid-19 da UFMG, em parceria com o grupo isola.ai, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A implementação do estudo só foi possível por conta de uma tecnologia desenvolvida pela empresa In Loco, que usa o sistema de geolocalização dos aplicativos nos celulares. Com isso, é possível mensurar a variação do número de pessoas que saíram de suas casas. A base de dados tem informações anônimas da movimentação de 60 milhões de aparelhos em todo o país.

Conforme o professor Marden Campos, do Departamento de Sociologia da UFMG, um dos pesquisadores do estudo, Minas Gerais tem uma situação diferente dos demais Estado do país frente à pandemia: a maioria dos casos não está concentrada na região metropolitana de Belo Horizonte, mas no interior.

Para ilustrar esse panorama, o especialista cita a situação na Zona da Mata. No dia 6 de junho, a região tinha menos casos positivos da doença, índice que subiu nos boletins divulgados atualmente pela Secretaria de Estado de Saúde.

Os dados da geolocalização dos aparelhos celulares na região mostram que a adesão ao isolamento social está na casa dos 35% – no fim de março, o índice era superior a 50%. “As cidades que não têm conseguido manter as pessoas em casa devem se preparar para uma disseminação rápida do vírus em suas populações”, enfatiza o pesquisador.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *