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A doença que nesses primeiros meses de 2020 vem enviando cadáveres às dezenas para os cemitérios em nossas cidades, como as de muitas cidades do mundo inteiro, como alguns palpiteiros ousaram chamar, não é apenas um mero resfriado de fim de semana. Não é uma doencinha simples, curável com melhoral, com chazinho caseiro ou com simpatia ou benzeção.

A doença mata mesmo, e surgiu sem mais nem menos, pegando de calças curtas os profissionais da saúde no mundo inteiro por ser uma doença para qual ainda não se descobriu vacina, os laboratórios ainda não produzem medicamento eficaz, e também os hospitais não estão aparelhados para internar pacientes que aumentam ás dezenas cada dia. E mais, mesmo médicos famosos e enfermeiros experientes ou pesquisadores na área da saúde não estão imunes e também morrem quando por ela atacados.

Esta doença não respeita fronteiras, nem condição social, econômica, ou familiar, e nem mesmo se a pessoa é originária do primeiro, segundo ou terceiro mundo.

Pior  que tudo, sabemos que ela está aí, já bateu ou ainda pode vir a bater na nossa porta, já que nenhum especialista ou palpiteiro de plantão pode afirmar quando estaremos livres dela. Não há pessoas espertas nem especialistas diplomados com qualquer fundamento técnico ou científico que conheça tratamento eficaz contra a COVID-19. Parece-me, porém, que até agora a única receita mais segura é que cada pessoa evite ser contaminada pelo vírus corona e, para isso, os melhores conselhos as medidas de higiene (lavar as mãos com freqüência, usar álcool em gel, isolamento social, fugindo de aglomerações) e ficando em casa. E, para quem tem fé, pedir a Deus que nos proteja.

Nós, brasileiros  temos que nos sentir envergonhados dos nossos governantes que se aproveitam da pandemia para manobras e discussões políticas. Temos também que nos envergonhar dos nossos conterrâneos inescrupulosos que, apesar de todo o sofrimento que a pandemia nos infringe, ainda precisamos  aguentar a irresponsabilidade e a ganância de autoridades e de pessoas que são omissas no cumprimento de suas funções no serviço público para proteção do povo. Talvez por considerarem que estão livres  da doença se deixam corromper por espertalhões que buscam lucro com a venda de instrumentos, remédios e equipamentos de proteção individual para profissionais da saúde e para os hospitais que estão cuidando dos doentes.

Chama-me atenção a denominação de COVID-19 para essa desgraça que está nos afetando tão seriamente e nos impondo todos os contratempos da demorada quarentena cujo término não podemos prever.  De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, a denominação 19 identifica o ano de seu surgimento na China, mas o fim… é difícil ter uma previsão.

por Paulo Terra

 

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