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No século XXI os barrosenses votaram nas eleições municipais dos anos 2000 (eleitos Eika e Adelmo), 2004 (eleitos Arnaud e Adelmo), 2008 e 2012 (eleitos Eika e João Pinto) e 2016 (eleitos Reinaldo e Deleia). Parece-me oportuno registrar que, no século passado, nos anos de 1962 (eleitos Mazinho e Nenzinho de Souza) e 1982 (eleitos Baldonedo e Straus) o prefeito Inimá e o vice Straus eram funcionários da Fábrica de Cimento Barroso que os apoiou abertamente.

Nas duas eleições os gerentes da fábrica eram, respectivamente, o engenheiro Wagner Coutinho e Francisco Dias Ferreira Filho, que participava dos comícios dos candidatos. O apoio aos candidatos de 1982 foi tão explícito que houve pressão para que os funcionários votassem na chapa vencedora e, nas carreatas, as máquinas pesadas, carretas graneleiras, caminhões de transporte de insumos e veículos leves da companhia participaram (eu estava lá e fui testemunha disso).

O que foi mais cruel nesta última eleição ocorrida em 15 de novembro de 1982, foi que, apesar da adesão dos operários à chapa vencedora, na semana seguinte ocorreu, talvez, a maior demissão em massa na história da companhia. Foram demitidos mais de 400 empregados da fábrica.

Na última edição deste jornal foram citados os três pré-candidatos às próximas eleições, ou seja, Anderson de Paula, Baldonedo Napoleão e Antônio Claret. Qualquer deles que vier a ser eleito, na minha opinião, só fará uma administração eficiente conforme a qualidade dos seus auxiliares e da proposta de medidas que vier a tomar. Até agora, não tenho conhecimento das escolhas que serão feitas pelo eleito em termos de auxiliares nem de sua plataforma de governo em relação às medidas que promoverá para melhora das condições econômicas, sociais, culturais e de saúde do povo de Barroso. Será, também, fundamental que o novo prefeito conte com o apoio da maioria da Câmara. Até onde estou informado, os pré-candidatos ainda não expuseram seus pontos de vista sobre o que pretendem fazer se eleitos forem.

Uma coisa é certa, na minha opinião: há um provérbio popular afirmando que, “de bem-intencionados o inferno está cheio”. Para bem administrar não basta que o candidato eleito apenas tenha muitas e boas intenções. Se lhe faltarem competência e honestidade, além de uma boa equipe, nos próximos quatroanos a “vaca de Barroso” estará atolada no brejo.

Não é disso que Barroso precisa.
Que Sant’Ana ajude sua cidade!

por Paulo Terra

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