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Comecei a morar em Barroso em 4 de outubro de 1955, quando Geraldo Napoleão, primeiro prefeito de Barroso estava quase completando o primeiro ano do seu mandato. Daí para cá participei de todas as outras eleições, e neste ano estarei votando de novo mesmo já estando desobrigado de votar devido à minha idade. Nas eleições municipais de novembro vamos escolher LIVREMENTE nosso Prefeito e seu Vice e nossos Vereadores, que serão os responsáveis pelo progresso ou não de nossa cidade de 2021 a 2024.

De fato, o que acontece em nosso sistema eleitoral é que os candidatos são definidos e registrados pelos partidos e, de certa, nos são empurrados goela abaixo, quer gostemos deles ou não. Em vista disto a nós restam as opções de votar em um dos candidatos apresentados pelos partidos, ou votar em branco, anular nosso voto ou simplesmente nos abstermos de votar e, neste caso, arcarmos com as punições que a Justiça Eleitoral nos impuser. Como muitas vezes os candidatos não são nossos conhecidos, o que não é o caso de Barroso, e eles não trazem na testa um carimbo de “APTO PARA O CARGO!”, para não nos arrependermos da escolha que fizermos agora teremos que esperar para sabermos se cumprirão suas promessas e planos de trabalho se forem eleitos.

Vale lembrar que candidato que promete muitas realizações está tentando nos enganar. É como lobo com pele de ovelha. Ao longo da história de Barroso, da emancipação-político-administrativa à implantação do regime militar em 1964, três grandes partidos políticos -PSD, UDN, PTB- eram os maiorais e várias outras pequenas legendas eram satélites circulando na órbita dos grandes. Aliás, hoje não é muito diferente com os atuais MDB, PSDB e PT com os satélites do Centrão, legendas de barganha de votos nas decisões parlamentares do Congresso Nacional. Em Barroso Geraldo Napoleão liderava o PSD, João Alves de Macedo Couto – segundo prefeito – liderava a UDN, e Inimá Rodrigues Pereira, terceiro prefeito, era filiado à UDN. Durante o Regime Militar foram extintos todos os partidos acima e criados a ARENA e o MDB.

Após o regime foram eleitos em Barroso para mandatos não consecutivos: Genésio Graçano (2 vezes}; Baldonedo (eleito 3 vezes; no início do terceiro mandato renunciou em favor do Vice Adelmo Graçano e assumiu vaga na Assembleia Legislativa); José Bernardo Meneghin (três vezes); Eika Oka de Melo (três vezes); Reinaldo Aparecida Fonseca (1 vez, no último ano do mandato). Para as eleições deste ano, pelo que sei, estão inscritos até agora os seguintes candidatos, por ordem alfabética: Anderson de Paula – Antônio Claret – Baldonedo Napoleão (e o primeiro e o terceiro atualmente são vereadores). Ficamos aguardando as promessas e propostas dos senhores candidatos para decidirmos qual deles receberá o nosso voto.

por Paulo Terra

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