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Nós estamos ainda em fevereiro, mas o ano de 2019 já é um dos mais trágicos de nossa história. Antes do acidente aéreo que provocou a morte do jornalista Ricardo Boechat nesta semana e depois da imensa tragédia da Vale em Brumadinho, houve também o incêndio na concentração do flamengo que vitimou 10 jovens. Eram garotos que buscavam seus sonhos, garotos como Jorge Eduardo Santos da cidade de Além Paraíba, aqui na Zona da Mata.

Em sua maioria, as tragédias humanas não são simples acidentes, são acontecimentos evitáveis, decorrentes de falha ou negligência de uma ou mais pessoas. Boa parte desses acontecimentos envolvem responsabilidades de agentes públicos e/ou agentes privados que deveriam zelar pela vida de coletividades.

Há, no entanto, um conjunto de tragédias que se dão em silêncio, que acontecem todos os dias e que podem ser evitadas por cada um de nós. Tragédias também acontecem, por exemplo, quando dirigimos com os pneus carecas ou quando bebemos e dirigimos. Tragédias acontecem quando não respeitamos o sinal de cuidado em uma cachoeira; quando fazemos uma gambiarra na rede elétrica ou quando manipulados o gás e o fogão sem o cuidado necessário. Segundo o Ministério da Saúde, acidentes domésticos são responsáveis por mais de 30% das internações hospitalares no Brasil. Já acidentes de trânsito causam quase 40 mil mortes e deixam 200 mil pessoas feridas todos os anos.

Uma das lições mais importantes que o ano de 2019 nos traz é que tragédias podem ser evitadas. Ao mesmo tempo em que devemos cobrar punição aos responsáveis e mais atitude e prevenção das autoridades, não podemos perder de vista que nós também podemos ser mais responsáveis e menos negligentes com as nossas próprias vidas e com as vidas daqueles que nos cercam. Prudência é uma qualidade e nunca é demais.

 

por Antônio Claret

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