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– 2014: UM ANO PROBLEMÁTICO (2)

Meu artigo do número 100 deste jornal, do dia 18 de janeiro, tinha o mesmo título acima. Não sou profeta nem adivinho, mas sou velho e, como tal, sou obrigado a ter alguma experiência de vida. Estamos praticamente terminando o primeiro semestre de 2014, e a minha interrogação do dia 18 de janeiro já vai tendo respostas relativas à problemática do ano. No plano nacional estamos em plena Copa do Mundo e se existe um Brasil querendo ser hexacampeão, existem outras 31 seleções dispostas a impedir que isto aconteça, e algumas delas fortes candidatas ao título de campeã do mundo, como a alemã, a italiana, a espanhola, a francesa, a portuguesa, a holandesa, a argentina e a uruguaia. Além das “zebras” que correm por fora. A grande interrogação é: que tumultos e reações violentas teremos durante o período da copa e depois, quer sejamos vitoriosos ou derrotados. Já antes do começo da competição, greves e protestos em série estavam pipocando em várias cidades do país, com consequências funestas para os brasileiros de bem, que precisam do transporte público para irem trabalhar. Sem falar das atípicas cheias dos rios da região norte,  dos trágicos temporais e inundações em cidades da região sul e da falta de água nos reservatórios das hidrelétricas e de abastecimento de água potável para cidades da região leste. 

Ao mesmo tempo, embora corriqueiros, agora com maior grandeza, os escândalos da administração pública nacional, envolvendo políticos em negociatas com doleiros, administradores da Petrobras suspeitos de negociações lesivas à empresa e ao país, e as manobras políticas para camuflar a verdade dos fatos. Para azar nosso, Barroso também está passando por problemas antes bastante raros: índice de criminalidade aumentando, homicídios frequentes e sem identificação dos autores, incêndio em residência com morte de 5 crianças, suspeita de atos de violência praticados por policiais, excesso de velocidade de motos nas ruas e veículos com volume de sons acima do limite de decibéis aceitáveis, e muitos etc… A nossa maior empresa industrial  parece estar com as obras da sua Expansão atrasadas, com o cronograma inicial  de colocação em marcha de novos equipamentos já furado. 

No segundo semestre, embora as eleições sejam para cargos de nível estadual e nacional, teremos que tolerar também em nível municipal a eterna mesmice do chatíssimo programa eleitoral gratuito, e assistir a guerra suja da política de baixo nível, corrupta e corruptora, com as mesmas promessas de sempre, na qual a ética e a honestidade escapam pelo esgoto putrefato de negociatas e conluios, onde a conquista do poder justifica qualquer safadeza. Depois de conhecidos os  resultados das eleições podemos esperar a cascata de aumentos de impostos, tarifas e preços controlados pelo governo e congelados artificialmente para haver perda de votos.

 

Por Paulo Terra

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