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Pelo menos a morte de Gustavo Henrique Celestino Pinto Guimarães, de 1 ano e seis meses, filho de Greice Kelly Ferreira Guimarães, de 24 anos, poderia ter sido evitada. É o que afirma a tia do pai da criança Paloma Kelly Celestino Pinto, à reportagem do jornal. “O Gustavo morreu porque houve negligência, tanto da mãe Greice Kelly, como do Conselho Tutelar de Barroso”, ressalta a tia de Amadeu Felipe Celestino Pinto, que mora, assim como o sobrinho, na cidade vizinha de Alfredo Vasconcelos.
Segundo Paloma, o sobrinho teria procurado, três ou quatro vezes, o Conselho Tutelar de Barroso para denunciar o tratamento que o filho recebia na casa no Jardim Europa e recebeu uma resposta de um profissional da repartição, ela não lembra o nome, de que estaria tudo certo na residência e que o tratamento da mãe Greice Kelly era excelente. A tia também afirmou que estuda, junto com o sobrinho, entrar com uma ação contra o Conselho, comprovando a negligência da entidade barrosense. Procurada pela reportagem, a Presidente do Conselho Tutelar, Márcia Aparecida de Jesus, declarou que a repartição só irá se manifestar aos órgãos competentes e que inclusive já está encaminhando documentos ao Fórum. Como prova de que as crianças, não só Gustavo, eram maltratadas na casa, a tia disse que muitas vezes eles chegavam machucados em Alfredo Vasconcelos. “O que eu vou dizer é muito sério, mas não posso deixar isso passar em branco. Aquela casa era um absurdo. Eu sei que muitas vezes elas saíam e deixavam as crianças sozinhas. Outra coisa, muitas vezes as crianças chegavam aqui e eu até suspeitava de terem sido molestadas”, esclarece Paloma à reportagem. “Não é possível que os profissionais de Barroso não perceberam irregularidades naquela casa. Absurdo. Muitos homens diferentes dormiam lá”, diz Paloma.
PAI GUSTAVO
O mais impressionante na história trágica é que Gustavo estava morando com o pai em Alfredo Vasconcelos até um sábado antes do incêndio, dia 19 de abril. “Estive em Barroso há alguns meses atrás e vi que o Gustavo estava muito doente. Acompanhei ele no hospital e pedi à mãe dele que deixasse ele ficar comigo e assim fizemos. Trouxe ele para Vasconcelos e ele ficou por quase 90 dias. Daí, do nada, a mãe apareceu aqui querendo levar ele para Barroso. Minha tia fez um Boletim de Ocorrência, relatando fato, pegou o carro e levou ela com o Gustavo para Barroso e, quando chegou lá, ela disse para minha tia que nunca mais eu iria ver meu filho, só morto. E foi verdade. Nunca mais vi meu filho vivo”, diz Amadeu que estava chorando muito e mal conseguia falar à reportagem do jornal. 
 
GREICE
 
A reportagem tentou contato com Greice Kelly, mas a jovem se encontrava no hospital por ter dado a luz a um menino, na segunda-feira (28). O bebê que nasceu com 2 kg e 700 gramas também é filho de Amadeu Felipe Celestino Pinto que quer a guarda do filho.

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