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Um Copa de dois gumes. Nada mesmo contra Manaus, Amazonas, o berço esplêndido do Brasil, mas investir quase 1 bilhão de reais em um estádio de futebol, com 80% financiado pelo Governo Federal, ou seja, nosso dinheiro, é algo inaceitável. Até porque desconhecemos mais de dois times de futebol daquele estado, que posteriormente ao evento da poderosa FIFA, farão o uso da tal arena. Aliás, nenhum estádio, por mais que os números de clubes sejam altos, explica estes valores superfaturados. Já são quase 26 bilhões de reais em investimentos.

Como disse o jornalista Christopher Gaffney à revista Carta Capital em 2011, a Copa era a oportunidade de usar um investimento federal em benefício da população, mas se tornou um evento esportivo financiado com dinheiro público para o lucro privado: “o governo assume o risco e os patrocinadores é que vão receber os benefícios”, ao contrário dos Estados Unidos em 1994, quando realizou toda a Copa com investimentos particulares que acabaram benéficos para a população americana. Mas o que temos a ver com isso? Tudo, e um pouco mais.

Dezenas de problemas que enfrentamos aqui, debaixo do nosso nariz, no nosso cantinho, é fruto da desorganização e falta de responsabilidade de engravatados que, diante do poder de uma assinatura e pensando no volume do seu bolso e das suas contas, cometem erros que resultam nos problemas que enxergamos e pisamos aqui. Por fim, entendam: uma coisa é torcer, viver a magia de uma Copa e o amor incondicional pelo futebol, outra é aceitar calado o que está sendo arquitetado dentro da nossa “casa”. Que venha a Copa!

por Bruno Ferreira

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